Sistemas computacionais têm crescido consideravelmente em uso e popularidade nas últimas décadas.
Sem dúvida, para executar uma variedade de tarefas no cotidiano, os usuários aproveitam os recursos tecnológicos de comunicação, principalmente a rede internet, como meio de pesquisa, desenvolvimento e troca de conhecimentos e informações, sejam em ambientes corporativos ou domésticos.
Se você está inclinado em conhecer a linguagem que usamos para se comunicar com os computadores, há muito para despertar a sua curiosidade.
Tudo que cerca os computadores é exagerado e extremamente rápido, a começar pela capacidade de executar grandes quantidades de operações por meio de instruções complexas formadas de muitos números, ainda que limitados aos algarismos básicos como o 0 e 1 (dígitos binários). Os computadores para realizar algumas de suas tarefas utilizam-se de grandezas familiares como as unidades para medir capacidades de armazenamentos (quilobyte, megabyte, gigabyte e terabyte) e velocidades de processamentos (quilohertz, megahertz e gigahertz).
Para se ter uma ideia dessa grandeza, um dos maiores sites de busca na internet, de acesso livre, indexa e organiza quantidade enorme de informações disponíveis online. Para possibilitar a consulta, em uma fração de segundo, de uma listagem de endereços (links) relevantes associados às palavras-chave de interesses digitadas pelos visitantes, qualquer assunto que seja (textos, imagens, vídeos e áudios), estima-se que a empresa mantém em funcionamento milhões de servidores espalhados pelo mundo e possui uma capacidade de armazenamento na casa dos exabytes.
A julgar pela importância no mundo dos computadores, não importa o quão obscuro que é, você não pode entender de tratamento de informações sem conhecer as suas unidades de medida.
Tudo começou com o bit e o byte, de conceito bem simples. Hoje, um quilobyte não significa a 103 bytes (1000 bytes) como definido pelo Sistema Internacional de Unidades (SI), que utiliza o sistema decimal (base dez); mas, sim, a 210 bytes (1024 bytes), em razão de a International Electrotechnical Commission (IEC) adotar prefixos em sistema binário (base dois). Esta diferença de 2,4 % é o motivo de tanta confusão.
Pode-se imaginar essa diferença nos dias atuais, com as capacidades de armazenamentos de dados de computadores pessoais em gigabytes e, pior ainda, já se encontram bastante comum equipamentos com capacidade de armazenamento em terabytes, onde a discrepância não é mais os 2,4 %, mas em torno de 10 %. Esta crescente diferença tem se tornado significativa e essa foi uma das razões que motivou a IEC pela unificação dos prefixos para múltiplos binários.
Popularmente, o disquete de 3,5 (3 1/2) polegadas (ora em desuso), no início conhecido como floppy disk apesar do invólucro duro, tem como informação a capacidade de armazenamento de 1,44 MB (megabyte). Nesse caso vale o seguinte esclarecimento: a palavra floppy (que significa mole) teve origem no disquete anterior de 5,25 (5 1/4) polegadas (tanto o disco como o invólucro de plástico eram flexíveis), o tamanho físico é de 90 milímetros e não 3,5 polegadas, mas o mais significativo é que a capacidade originalmente descrita como 1440 quilobytes (1440 kB) se transformou em 1,44 megabytes (1,44 MB), que na realidade existe uma pequena diferença (erro) de 2 % por causa do uso indevido do prefixo decimal.
Em sistemas informatizados, tempos em tempos, o tamanho dos arquivos e programas vem exigindo cada vez mais memória com grande capacidade de armazenamento.
Assim, memória que usa o prefixo decimal é descrita de fato em quantidade binária, como por exemplo, 512 MB de RAM representa 536 870 912 bytes de memória RAM, e deve ser descrita corretamente como 512 MiB (512 mebibytes) ou 537 MB (de acordo com o SI). Aproveitando-se dessa ambiguidade, os fabricantes de discos rígidos fazem com que as referências às unidades decimais tenham capacidades supostamente maiores do que realmente têm. Por exemplo, um computador com disco rígido de 200 GB, após a instalação, pode reconhecer como tendo uma capacidade de 15 GB menor (~185 GB). Outra confusão: para especificação da taxa de transferência, as empresas prestadoras de serviços de internet se utilizam de unidades parecidas (somente no nome) como o “byte por segundo” e o “bit por segundo”. Essa diferença pode ser verificada, por exemplo, em um plano de “10 mega” (sendo referido a 10 Mbit/s), que na verdade corresponde a 1,25 MB/s.
Apesar da crescente importância que os de sistemas de informações têm em nossa sociedade, o uso desordenado de unidades de medidas traz naturalmente problemas de uniformidade e coerência, com sérios prejuízos ao entendimento qualitativo e quantitativo na expressão de grandezas legais aplicadas na Metrologia.
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