Entre as preocupações relativas à saúde humana, uma trata de erros de medicações envolvendo terminologias. Nesse cenário, o problema grave de comunicação (verbal ou escrita) tem se destacado ao longo dos anos, colocando em risco a segurança dos pacientes.
Siglas, abreviaturas e simbologias fazem parte das atividades cotidianas de organizações e profissionais na área de saúde, e todas elas possuem significados específicos, devendo ser expressadas de maneira clara e legível, sem margens para dúvidas. Entretanto, quando mal-entendida ou mal-interpretada uma nota ou prescrição médica, não raro, essa comunicação falha pode causar confusão, às vezes com consequência desastrosa.
Siglas, abreviaturas e simbologias fazem parte das atividades cotidianas de organizações e profissionais na área de saúde, e todas elas possuem significados específicos, devendo ser expressadas de maneira clara e legível, sem margens para dúvidas. Entretanto, quando mal-entendida ou mal-interpretada uma nota ou prescrição médica, não raro, essa comunicação falha pode causar confusão, às vezes com consequência desastrosa.
Alguns cuidados básicos ajudam a prevenir situações embaraçosas como
aquelas relacionadas aos erros de prescrições de dosagem de medicamentos, devidos à comunicação
ineficiente de informações, entre outros fatos, como a leitura equívoca em etiquetas, rótulos e embalagens. Para auxiliar nessa questão, os sistemas informatizados permitem a elaboração de registros de medicações eletrônicos ou prescrições de medicamentos de forma simplificada e eficaz, agregando mecanismos de segurança para prevenção de erros de escrita e leitura.
Tal como preconizado o uso de unidades de medida no Sistema Internacional de Unidades (SI), a uniformização das definições de terminologias (como meio de prevenção de erros de medicações) pode ser alcançada através da normalização e padronização mundial.
Preocupado com esse problema, em 2004, a organização certificadora
independente “The Joint Commission”, que credencia e certifica os profissionais
e as organizações na área de saúde nos Estados Unidos, divulgou uma lista
oficial contendo abreviaturas “não permitidas” como parte de uma "Meta Nacional de
Segurança ao Paciente".
O objetivo foi chegar a um consenso sobre o alcance e as
implicações desta questão grave e complexa, e para encontrar soluções razoáveis
usando todos os recursos disponíveis e da forma mais imparcial possível.
A
lista de algumas abreviações não permitidas é apresentada logo
abaixo.
- U, u (unidade): Confunde com o 4 (quatro), o 0 (zero) e o cc (centímetro cúbico)
- IU (Unidade Internacional): Confunde com o IV (intravenoso) ou o número 10 (dez)
- Q.D., QD, q.d., qd (“quaque die” ou “uma vez por dia”) e Q.O.D., QOD, q.o.d., qod (“quaque altera die” ou “dias sim, dias não”): Confundem entre si
- X.0 mg (*): Confunde com dose dez vezes maior
- .X mg: Interpretação como número inteiro
- MS: Pode significar sulfato de morfina ou magnésio
- Abreviação de nomes de fármacos ou medicamentos: Troca de fármacos ou medicamentos
- µg: Confunde com mg
(*) Um "zero à direita" pode ser utilizado apenas quando necessário, para demonstrar o nível de precisão do valor numérico que está sendo relatado, como, por exemplo, resultados de medição de um laboratório.
Reduzir o risco de erros de medicações, baseado na qualidade e na segurança do paciente, é um desafio que demanda enorme empenho e dedicação de todas as pessoas que trabalham na área de saúde.
Fonte: The Joint Commission
crédito: joint commission resources
Abreviações hesitantes
Exemplo de prescrição de medicamento da vida real contendo abreviaturas duvidosas que podem levar a danos perigosos aos pacientes
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