quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Lâmpada incandescente: símbolo de inovação que marcou a história da iluminação

No final do século 19, a sociedade passou por profundas transformações decorrentes dos avanços alcançados no campo da iluminação artificial. Graças à invenção da lâmpada elétrica, hoje podemos exercer com segurança, economia e conforto diversas tarefas em qualquer ambiente e a qualquer hora, aumentando a produtividade e proporcionando melhoria significativa na qualidade de vida.
Antes dessa grande façanha, alguns cientistas realizaram em vão inúmeras experiências na tentativa de aquecer um filamento através da passagem de corrente elétrica a ponto de mantê-lo incandescente, sem a danificação do material provocada pelo calor. Do palco dessa batalha, na época, um modelo despontou como uma descoberta revolucionária e promissora que consistia em confinar o filamento emissor de luz em um invólucro de vidro a vácuo, longe do contato com o oxigênio (elemento responsável pelo processo de combustão).
Entretanto, há algum tempo, esse tipo de lâmpada vem se "apagando" em definitivo em razão da introdução de novas tecnologias no processo produtivo, o que possibilitou o surgimento de uma diversidade de lâmpadas com características técnicas superiores em termos de eficiência energética.

O gênio que dominou a luz

Thomas Alva Edison (1847-1931), um maiores cientistas da era moderna, ficou conhecido pelo aperfeiçoamento da lâmpada elétrica com filamento contido em bulbo de vidro, no tempo em que a iluminação a gás imperava. Após exaustivos testes com mais de 1600 tipos de filamentos, em 1879, o cientista deu um grande passo para o avanço da ciência e apresentou ao mundo um dispositivo de iluminação comercialmente acessível e de uso prático. Também, logo depois, ele desenvolveu toda a infraestrutura necessária para o sistema de distribuição de energia elétrica, como: geradores elétricos, interruptores, condutores e lâmpadas.
Ao contrário da crença popular, o filamento escolhido por Edison foi o bambu carbonizado e o filamento de tungstênio, das lâmpadas incandescentes atuais, de elevado ponto de fusão (próximo de 3422 °C) foi patenteado posteriormente pela General Electric Company, no ano de 1906.

O fim do reinado da lâmpada incandescente

Como tendência mundial, o Brasil também estipulou índices mínimos, por meio de Portarias N° 1007 e N° 1008, de 31.12.2010, do Ministério de Minas e Energia (MME), de eficiência e qualidade para lâmpadas incandescentes comuns, além de divulgar o Programa de Metas das Lâmpadas Fluorescentes Compactas.
As lâmpadas que não tiverem comprovada a eficiência energética não poderão mais ser produzidas ou importadas pelo Brasil. Nessa fase de transição, as opções para unidades mais eficientes são as fluorescentes compactas (CFL), halógenas e LEDs.
De acordo com a Portaria N° 1007, de forma gradativa, as lâmpadas de 150 W e 200 W não podem mais ser vendidas aos consumidores desde 30 de junho de 2013, as lâmpadas de 60 W, 75 W e 100 W não podem mais ser comercializadas desde 30 de junho de 2014 e as lâmpadas de menor potência seguem um escalonamento semelhante com previsão de encerramento do processo em 30 de junho de 2017.
Alguns modelos de fluorescentes compactas, chamadas de econômicas, também devem se adequar aos níveis mínimos de eficiência, de acordo com a Portaria N° 1008. Diferentemente das lâmpadas incandescentes, há vários modelos de fluorescentes compactas capazes de cumprir as exigências estipuladas pelo MME, o que garante que este tipo de lâmpada permanecerá no mercado. Os prazos determinados para as lâmpadas fluorescentes compactas são os mesmos para as lâmpadas incandescentes.
A substituição destas lâmpadas por equivalentes de CFL proporcionaria uma economia no consumo de energia de 75 %. Enquanto essas unidades (incandescentes) duram cerca de 750 horas, uma CFL pode durar entre 6000 horas e 8000 horas.
Segundo o MME, estima-se que, com a edição das Portarias N° 1007 e N° 1008, esta última que trata do Programa de Metas das Lâmpadas Fluorescentes Compactas, o país será capaz de economizar em um ano, de forma escalonada até o ano de 2030, cerca de 10 TWh.
 
Vislumbre da primeira luz 
A lâmpada elétrica tornou o mundo um lugar muito mais iluminado




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