A revolução industrial, iniciada no final do século 18, marcou a era da produção e do consumo, influenciando radicalmente nas condições de vida humana. Notavelmente, as máquinas utilizadas no processo de transformação de bens, em substituição ao trabalho humano, necessitavam de energia em grande escala. Já nessa época, os impactos foram profundos.
Neste início de século, o consumo desenfreado de energia elétrica tornou-se uma preocupação iminente, visto que o agravamento desse problema pode levar a uma séria crise energética e com isso afetar o desenvolvimento social e econômico ao redor do mundo.
Uma das razões para essa previsão sombria é o possível ou provável esgotamento dos recursos naturais, sobretudo dos combustíveis fósseis, em especial originados do petróleo, gás e carvão mineral, como ingredientes geradores de eletricidade. Associada à incerteza dessa projeção, pesa o fato de que os combustíveis fósseis são considerados poluentes, não renováveis e, pelo seu uso descontrolado, potencialmente causadores do aquecimento global.
Atualmente, algumas empresas e governos estão preocupados em encontrar soluções para os desafios climáticos e energéticos globais, mais voltadas à pesquisa e ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia renovável, autossustentável, limpa e abundante.
Um dos grandes avanços que se espera nesse campo é a obtenção de energia por meio da fusão nuclear, uma técnica diferente da fissão nuclear como aquela utilizada nas usinas de energia nuclear.
O que é fusão nuclear?
A fusão nuclear consiste em colidir e unir átomos de hidrogênio para formar átomos de hélio mais pesados, liberando enorme quantidade de energia nessa reação.
Propósito do projeto internacional ITER para a fusão
Hoje, o reator de fusão nuclear encontra-se em construção em Cadarache, no sul da França, com operação inicial prevista para 2020.
Fusão na terra
Nesse ambiente, os campos magnéticos intensos, produzidos por bobinas supercondutoras, e a indução de corrente elétrica são usados para manter e controlar o plasma para fora das paredes do "tokamak".
Quando os núcleos de deutério e trítio se fundem, eles formam núcleos de hélio e nêutron, e uma grande quantidade de energia.
O núcleo de hélio, que carrega uma carga elétrica, ficarão confinados dentro do plasma, pela ação dos campos magnéticos do "tokamak". No entanto, a maior parte (cerca de 80 %) da energia liberada está na forma de nêutrons, que não tem carga elétrica e, por isso, não é afetada por campos magnéticos. Os nêutrons serão absorvidos pelas paredes circundantes do "tokamak", transferindo sua energia para as paredes em forma de calor. No ITER, este calor será dispersado através de torres de resfriamento.
Fonte: ITER
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