Uma das principais fontes de água - fundamental à vida animal e vegetal - tem como origem a chuva. No entanto, a chuva é um fenômeno climático que ocorre de forma diferente em algumas regiões do Brasil.
No estado de São Paulo, nos últimos meses, temos vivido uma situação preocupante de falta de chuva, e agora o problema pode ser outro: o excesso de chuva. Enquanto que, em algumas partes do Nordeste, as chuvas não acontecem o ano inteiro.
Essas duas condições antagônicas (de falta e excesso de chuva), por um lado, afetam diretamente a agricultura, o abastecimento de água e a geração de energia, e, por outro lado, provocam sérios estragos causados pelas enchentes, inundações e desmoronamentos, com repercussões nas atividades socioeconômicas.
Essas duas condições antagônicas (de falta e excesso de chuva), por um lado, afetam diretamente a agricultura, o abastecimento de água e a geração de energia, e, por outro lado, provocam sérios estragos causados pelas enchentes, inundações e desmoronamentos, com repercussões nas atividades socioeconômicas.
As principais características de chuvas são a sua quantidade e intensidade, cujos valores variam ao longo de um período de tempo (ano, mês, dias) em determinados lugares. O conhecimento preciso destas características principais é essencial para o planejamento e a avaliação eficaz dos fenômenos provocados pela chuva. Daí a importância de se monitorar os eventos de chuva, especialmente no extenso território brasileiro.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE) é um dos principais órgãos geradores de informações sobre a quantidade, intensidade e distribuição das chuvas, em diferentes lugares e épocas do ano no Brasil. Para entender a linguagem praticada nesse meio, uma boa referência, é conhecer os índices, citados abaixo, comumente utilizados para monitorar os eventos da chuva.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE) é um dos principais órgãos geradores de informações sobre a quantidade, intensidade e distribuição das chuvas, em diferentes lugares e épocas do ano no Brasil. Para entender a linguagem praticada nesse meio, uma boa referência, é conhecer os índices, citados abaixo, comumente utilizados para monitorar os eventos da chuva.
O Índice de Precipitação Padronizado (do inglês "Standardized Precipitation Index – SPI") é normalmente utilizado para o monitoramento das condições associadas à seca e ao excesso de chuva. O CPTEC/INPE utiliza os dados de precipitação em ponto de grade acumulados mensalmente, provenientes de diversas fontes de dados do Brasil. O SPI é um índice obtido por meio da normalização da precipitação mensal, para diferentes escalas de intensidades, a partir de uma função de distribuição de probabilidade. Valores SPI negativos representam o déficit de precipitação, enquanto que os valores positivos SPI indicam superávit de chuva.
A intensidade do evento de seca pode ser classificada de acordo com a magnitude de valores negativos SPI, tal que os maiores valores negativos SPI são os mais grave. Além disso, a SPI permite quantificar o valor de precipitação de chuva para diferentes escalas de tempo (por exemplo: 1, 3, 6, 12 ou 24 meses de chuva), significando o período durante o qual se acumula o valor de precipitação (por exemplo: o SPI 03 corresponde à precipitação acumulada em 3 meses). A tabela a seguir resume as categorias de intensidade de um evento de seca a partir do SPI.
Categoria
|
Intensidade
|
Limiares de SPI
|
D0
|
fraca
|
-0,5 a -0,7
|
D1
|
moderada
|
-0,8 a -1,2
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D2
|
severa
|
-1,3 a -1,5
|
D3
|
extrema
|
-1,6 a -1,9
|
D4
|
excepcional
|
-2,0 ou menor
|
Medição do índice pluviométrico
O volume de um líquido é medido em litros ou em metros cúbicos, mas os registros de precipitação pluvial (de água de chuva) são medidos habitualmente em “milímetros”. Esta é a unidade à qual os institutos meteorológicos se referem, para divulgar os seus diagnósticos de chuva na mídia.
Em princípio, o índice pluviométrico refere-se à quantidade de chuva por metro quadrado em determinado local e em determinado período. O índice pluviométrico é calculado em milímetros. Para coletar esses dados de precipitação, as estações meteorológicas espalhadas pelo Brasil utilizam o aparelho conhecido como pluviômetro.
Por exemplo, em uma determinada metrópole, o índice pluviométrico anual é em média 2000 milímetros. Essa unidade pode ser definida como se tivéssemos nesse local uma caixa aberta, com área de base de 1 metro quadrado, contendo água dentro dela com altura de 2000 milímetros, coletada em um ano. Do exemplo dado, o volume de chuva anual de 2000 milímetros pode ser convertido como: (1 m x 1 m) x 2 m = 2 m3 = 2000 litros.Assim, quando os noticiários divulgam que em uma cidade choveu 10 milímetros, significa que essa seria a altura média alcançada pela água a partir do chão, na área total da cidade em determinado período de tempo.
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