domingo, 8 de fevereiro de 2015

Padrão: em busca da perfeição

Na história da civilização antiga, de algum modo ou de outro, os padrões de medida - que não eram poucos e muito menos uniformes - sempre estiveram presentes, e a sua utilização evoluiu para ser conveniente em diversas atividades, principalmente no comércio de mercadorias. Alguns desses padrões de referência, mais difundidos nos sistemas babilônico, grego, egípcio, romano e inglês, resultaram no desenvolvimento dos primeiros sistemas de pesos e medidas.
Os padrões históricos, preservados por um tempo surpreendente, serviram de embasamento e estabelecimento das unidades de medida em termos de artefatos materiais ou partes do corpo humano, como: o cúbito, o côvado, a braça, o pé, a vara, o barril, a ânfora e o grão.
Os múltiplos e submúltiplos desses padrões de medidas determinados com a finalidade de estabelecer uma relação de equivalência para certo produto, como aqueles empregados para grandezas comprimento, volume e massa, nesses tempos, foram definidos e fixados muitas vezes de maneira aleatória e arbitrária, o que resultou em situação de confusão e falta de precisão nas medidas.
A falta de coerência, uniformidade e controle das medidas geravam muitos problemas e perturbavam o entendimento harmonioso e as transações econômicas.
Com a expansão da indústria e do comércio, e do desenvolvimento técnico e científico, impulsionado pela exigência de produtos ou serviços com maior qualidade, houve uma crescente necessidade de harmonização e estabelecimento de padrões de medição mais prática, justa e segura
.
Num mundo globalizado, os padrões atuais de medição aceitos internacionalmente por convenção, cada vez menos dependentes de artefatos materiais e reproduzidos sob condições rigorosas em laboratórios, servem de referências para definir, conservar e reproduzir unidades de medida, de baixíssima incerteza. O protótipo internacional do quilograma continua sendo o único artefato material utilizado como padrão metrológico. Mas, de acordo com a Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) (25ª reunião do mês de novembro de 2014), em um futuro próximo, a unidade de base SI “quilograma” (assim como o kelvin, o ampère e o mol) também será redefinida conceitualmente em termo de constante fundamental.
Para entender os reflexos resultantes de tais aperfeiçoamentos, esta forma moderna de medição trouxe melhorias significativas à realização de teste, ao serviço de calibração e à certificação, fatores estes importantes para aprimorar a qualidade de produtos, estimular a competitividade, compartilhar políticas técnicas, manter a segurança da sociedade e preservar o meio ambiente.
Confiança na medição rotineira
Usualmente, um padrão serve de referência na obtenção de valores medidos, estabelecendo assim uma rastreabilidade metrológica através da calibração de outros padrões, instrumentos de medição ou sistemas de medição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário