Há quase 60 anos, dois físicos americanos fizeram uma das mais importantes descobertas que marcou para sempre a ciência da cosmologia.
Em 1964, os radioastrônomos Robert Woodrow Wilson e Arno Allan Penzias estavam trabalhando na Antena Holmdel Horn, um dispositivo altamente sensível originalmente usado para detectar ondas de rádio, especialmente projetado para radiação de fundo fraca, nos arredores de Holmdel, New Jersey (USA), da companhia Bell Telephone Laboratories.
Quando apontaram a antena para as partes vazias do céu, os pesquisadores captaram por acaso um chiado persistente de baixa frequência. O ruído (sem explicação óbvia) veio de todas as direções e apesar das repetidas verificações de fontes indesejadas de interferência nessa faixa do espectro, não foi possível eliminá-lo por completo. No entanto, os pesquisadores, por meio de testes meticulosos, finalmente reconheceram que o misterioso ruído que vinha do espaço sideral era a radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB, na sigla em inglês), uma evidência de que o Universo teve um começo há cerca de 13,8 bilhões de anos.
Na verdade, o ruído observado por eles era uma distribuição de radiação de micro-ondas que correspondia a uma curva de corpo negro atribuída a uma temperatura precisa de 2,725 kelvins. Pode-se assim afirmar que, desde a sua origem, o Universo continuou a expandir e esfriou até seu valor atual aproximado de temperatura de 2,7 K (cerca de -270 °C).
A histórica investigação da radiação cósmica de fundo em micro-ondas permitiu estudar o Universo de uma forma nunca vista antes, e ofereceu a primeira evidência detectável de que o Universo se expandiu a partir de uma violenta explosão inicial, conhecida como Big Bang.
Por sua descoberta, os dois pesquisadores receberam o Prêmio Nobel de Física (1978) e forneceu a base para outras descobertas astronômicas fundamentais, o que transformou a cosmologia em uma ciência moderna.
Fontes: Bell, amnh, NDTyson
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