A ideia do universo como perfeitamente ajustado decorre da teoria de que seria impossível a existência de vida, se por alguma razão, certas constantes físicas fundamentais fossem alteradas.
Os valores de muitas forças e partículas no universo, representadas por cerca de 30 chamadas constantes fundamentais, parecem se alinhar perfeitamente para permitir a evolução da vida inteligente. Mas não há nenhuma teoria que explique quais valores as constantes devem ter – só temos que medi-las e inserir seus números em nossas equações para descrever com precisão o cosmos. Por outro lado, se o universo tivesse constantes físicas com valores ligeiramente diferentes, como as massas das partículas elementares, o universo estaria lutando em outras condições para a formação de galáxias, estrelas e planetas, com reflexos na produção de componentes como átomos e moléculas essenciais à vida como nós os conhecemos.
Então, por que as constantes fundamentais assumem os valores declarados? Essa é uma questão pela qual os físicos vêm lutando há décadas. Este tema faz parte do trabalho detalhado de pesquisa produzido pela Foundational Questions Institute (FQxI), escrito pela jornalista científica Miriam Frankel, onde explora a complexa história sobre o ajuste fino.
Existem experimentos que podem ajudar a resolver o debate de ajuste fino. Por exemplo, alguns projetos estão tentando descobrir se as constantes que vemos ao nosso redor são realmente constantes – talvez elas variem um pouco ao longo do tempo ou do espaço. E se fosse esse o caso, seria um golpe para aqueles que acreditam que o cosmos é ajustado.
Enquanto que, alguns físicos não se incomodam muito com o cosmos aparentemente bem ajustado, outros encontraram conforto na teoria do multiverso de universos paralelos.
A teoria do multiverso é a ideia de que nosso universo é um dos possivelmente infinitos universos paralelos vizinhos, cada um com suas próprias leis e parâmetros físicos. Dos muitos universos possíveis que podem existir, faz sentido nos encontrarmos em um universo que pode suportar a vida. Existem outros universos, nesta estrutura, que são desprovidos de vida. Mas, estatisticamente, surgirá uma minoria com potencial bioamigável, e os humanos podem evoluir em um desses cosmos hospitaleiros.
fonte: FQxI, phys.org
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