Estamos vivenciando, nos últimos meses, um aumento de temperatura muito acima da média histórica global, afetando cada vez mais a vida das pessoas e o ecossistema em todo o mundo.
De acordo com os dados da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), órgão do Departamento de Comércio dos EUA, o novo relatório climático 5.1.0, atualizado em agosto de 2023, inclui uma completa cobertura global (terrestre e oceânica) e um conjunto de registros de dados no tempo por mais de 30 anos, até janeiro de 1850. As novas estimativas de anomalias climáticas são calculadas todos os meses com base em dados oficiais de observações recentes de temperatura em todo o mundo. Esta fonte de dados é considerada como a mais representativa e precisa do sistema climático e está disponível publicamente através do Climate at a Glance.
- As tendências globais ao longo de décadas e em escalas de tempo mais longas são consistentes.
- Os 10 anos mais quentes já registrados ocorreram desde 2010 e os últimos nove anos (2014-2022) são os nove anos mais quentes já registrados.
Mas a nova análise mostra um aquecimento significativamente maior no Ártico desde o ano de 1980.
Pelo quinto mês consecutivo, a alta temperatura global da superfície dos oceanos atingiu um recorde máximo, evidenciado pelo fenômeno do El Niño que começou em junho de 2023 e continuou em agosto de 2023.
No mês de agosto de 2023, a temperatura da superfície global foi 1,25 °C acima da média do século XX de 15,6 °C, o que tornou o mês de agosto como o mais quente já registrado. Isto marcou a primeira vez que uma temperatura em agosto excedeu 1,0 °C acima da média de longo prazo. Agosto de 2023 foi 0,29 °C mais quente do que o recorde anterior de agosto de 2016, mas a anomalia foi 0,10 °C mais baixa do que a anomalia de temperatura mensal mais alta de todos os tempos já registrada (março de 2016). No entanto, a anomalia de temperatura de agosto de 2023 foi a terceira maior anomalia de qualquer mês já registrada.
El Niño é um fenômeno climático natural marcado por temperaturas da superfície do mar acima da média no Oceano Pacífico central e oriental, perto do equador, que ocorre em média a cada 2 anos a 7 anos. Os impactos do El Niño no clima estendem-se muito além do Oceano Pacífico.
Dependendo da sua força, o El Niño pode causar uma série de impactos, como aumentar o risco de fortes chuvas e secas em certos locais do mundo.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) alerta para a atuação de uma onda de calor ao longo da semana (entre os dias 18/09 e 22/09) no interior do Brasil, com respectiva emissão de um aviso meteorológico especial de nível laranja (grau de severidade: perigo - risco à saúde) de onda de calor.
Seguindo os protocolos internacionais, este aviso é emitido quando as temperaturas, neste caso, especialmente, as máximas, excedem em pelo menos 5 °C da média histórica no período para a região.
Vale ressaltar que a intensidade do aviso está relacionada com a persistência do fenômeno (número de dias consecutivos) e não aos desvios de temperatura absolutos em si.
fontes: NOAA, INMET
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